25 de março de 2010 às 21:35

Anna Carolina Jatobá oscilou entre choro e momentos de tranquilidade

julgamentoNardoni606x31Na parte final do depoimento de Anna Carolina Jatobá, a ré oscilou momentos de choro com momentos de mais tranquilidade. Ela chegou a sorrir por duas vezes durante as perguntas do advogado de defesa Roberto Podval.

A primeira delas foi quando ele começou a fazer questionamentos e pediu para que a madrasta de Isabella falasse devagar, com calma. O segundo sorriso ocorreu quando ela mostrava na maquete o ponto onde ficou após a queda da menina, à espera do resgate.

Ao tocar a representação da grade em frente ao edifício, ela afirmou: “eu quase quebrei”. “Pelo amor de Deus, não faça isso”, ironizou Podval.

Algumas pessoas da plateia ensaiaram um riso contido. O choro ocorreu em vários momentos principalmente quando ela mostrou na mesma maquete o quarto que o casal montou par Isabella no apartamento do Edifício London.

Segundo Jatobá, tudo era lilás, porque era a cor que “Isa” – que é como ela chamou a menina durante todo o depoimento – gostava. “O mesmo direito que o Pietro tinha, queria que ela tivesse, de escolheras as coisas do quarto dela. Foi tudo planejado com muito amor e carinho”, disse. (Por: Luciana Bonadio)

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 Julgamento - Caso Isabella

25 de março de 2010 às 21:32

Promotor decide não dar entrevista

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O promotor Francisco Cembranelli decidiu não dar entrevista nesta quinta-feira (25) após o quarto dia de júri do casal Nardoni.

Não foi explicado o motivo. (Com informações da Globo News)

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26 de março de 2010 às 20:08

Avô materno de Isabella chora

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O avô materno de Isabella Nardoni, José Oliveira, chorou no fim da réplica do promotor Francisco Cembranelli, na noite desta sexta-feira (26). O pai de Ana Carolina Oliveira acompanha o julgamento do casal Nardoni.

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26 de março de 2010 às 20:05

Promotor: ‘não há como absolver um e condenar o outro’

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arte-cembranelliNo fim de sua réplica, o promotor Francisco Cembranelli disse que “não há como absolver um e condenar o outro”, em referência a Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. “Não tem meia verdade, não tem meia história”, disse ao júri. (Por Globo News / Arte: Leonardo Aragão/G1)

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26 de março de 2010 às 20:03

Coronel da PM diz que pode chamar Força Tática para controlar manifestantes

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imprensaCom o ânimo cada vez mais acirrado dos manifestantes em frente ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, onde o casal Nardoni é julgado, o coronel Ricardo de Souza, da Polícia Militar, já estuda a possibilidade de convocar a Força Tática para controlar a multidão.

“Tudo depende do veredicto. A gente vai conversar  com as partes e fazer o que for melhor. Se eles forem condenados, é uma situação. Se eles forem absolvidos, a gente vai conversar com eles, ver para onde vão, se vão para casa, para um hotel, viajar, para organizar a escolta. Tudo já está esquematizado e pronto”, afirma.

Sobre os protestos, diz que a única preocupação é que “a gritaria não atrapalhe o julgamento”. “Por enquanto, está ok. Mais que isso é um problema.” A PM tem pedido para a imprensa que evite filmar os manifestantes, para que eles não se empolguem. (Por Marília Juste /Foto: Daigo Oliva/G1)

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26 de março de 2010 às 19:55

Júri é interrompido; defensor do casal Nardoni será o próximo a falar

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O júri do casal Nardoni foi interrompido às 19h48 para um intervalo que, segundo o juiz Maurício Fossen, deve durar 15 minutos. Depois disso, será a vez do advogado de Alexandre e Anna Jatobá fazer sua tréplica, que pode ter até duas horas. Os jurados devem se reunir em sala secreta depois do jantar para tomar uma decisão.

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26 de março de 2010 às 19:51

Brigas do casal não podem ser consideradas normais, diz promotor

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O promotor Francisco Cembranelli falou durante sua argumentação sobre criminosos ocasionais, ou delitos praticados por pessoas que parecem comuns, sob pressão. “É aquele que age por impulso, não planeja”, explicou. E citou estatísticas de violência contra crianças. “Achar que pais não cometem violência contra os filhos é desconhecer as estatísticas”, afirmou. “Nós, provavelmente, não brigávamos com nossas esposas, com nossos maridos, da maneira que o casal brigava”, afirmou ao falar que as discussões entre eles não podiam ser consideradas normais.

Cembranelli contestou diversos pontos ditos pela defesa durante a argumentação de Roberto Podval. Ele questionou o que prova um fio de cabelo na tela de proteção. “Qualquer fio de cabelo que vem voando pode se entrelaçar na tela”, disse. O promotor alegou que a defesa sempre soube do fio de cabelo e questionou por que os advogados não pediram exames antes. O promotor afirma os advogados querem que os peritos sejam “mágicos”. “Ele quer milimetricamente que o perito diga quem fez o quê.”

Ele cita uma frase de Rui Barbosa, em resposta à dita pelo advogado. “Um dia, o homem de bem, de tanto ver a injustiça triunfar, vai ter vergonha de ser de bem”, afirmou. (Por Luciana Bonadio)

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26 de março de 2010 às 19:46

Público se amontoa em frente a fórum pedindo ‘linchamento’ de casal Nardoni

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tumultoCuriosos chegam a todo momento ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, onde são julgados pela morte de Isabella o pai dela, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá.

As pessoas gritam palavras de ordem como “justiça” e pedem o “linchamento” dos dois. “Isabella”, “Cembranelli” e “Cadeia Jatobá” são algumas das expressões usadas pelos manifestantes.

A segurança no local teve de ser reforçada pela Polícia Militar. A expectativa é que o resultado só saia na madrugada. O público, no entanto, não dá sinais de que irá embora antes de ouvir o veredicto. (Por Marília Juste /Foto: Daigo Oliva/G1)

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26 de março de 2010 às 19:18

Para promotor, madrasta era ‘barril de pólvora prestes a explodir’

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595x424_desenho1Durante a sua explanação no julgamento, o promotor Francisco Cembranelli (na ilustração, se dirige aos jurados) fez um paralelo entre a vida de Ana Carolina Oliveira e a madrasta Anna Carolina Jatobá. Para ele, a mãe de Isabella era uma mulher que teve uma filha cedo, trabalhava, tinha independência financeira e um novo relacionamento amoroso. Enquanto isso, a madrasta tinha um filho pequeno, que não dava descanso a ela, era uma “escrava”, dependia financeiramente da família do marido e havia abandonado a faculdade.

“Esse era um barril de pólvora que estava prestes a explodir”, afirmou. Segundo o promotor, ele


 

 

 

27/03/10 - 14h55 - Atualizado em 27/03/10 - 16h59

'A justiça está feita, mas minha filha não vai voltar', diz mãe de Isabella

'Não pude acordar hoje e ter o abraço dela', lamentou.
Casal Nardoni foi condenado pela morte de menina neste sábado.

Juliana CardilliDo G1, em São Paulo

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Foto: Juliana Cardilli/G1

Ana Carolina Oliveira fala com os jornalistas em frente ao prédio onde mora (Foto: Juliana Cardilli/G1)

 

A mãe de Isabella Nardoni, a bancária Ana Carolina Oliveira, de 25 anos, afirmou na tarde deste sábado (27) que está feliz com a condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina em março de 2008. “A justiça está feita, mas minha filha não vai voltar”, disse, emocionada, em frente ao prédio onde mora, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo.

 

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“Não pude acordar hoje e ter o abraço dela [Isabella]”, lamentou. “O vazio ficou e a saudade ficará.” Ana ficou sabendo do resultado do julgamento, divulgado na madrugada deste sábado, por uma mensagem no celular. Alexandre foi condenado a 31 anos de prisão e Anna, a 26 anos.

 

Apesar de ter entrado na sala do júri para prestar depoimento, na segunda-feira (22), Ana não chegou a ver o casal Nardoni. "Quando eu entrei na sala eu não consegui vê-los. Eu estava bastante tensa. Eu não consegui enxergá-los, mas também nem era do meu interesse olhar para a cara deles."

 

Para ela, é muito difícil chegar próximo ao casal. “É muito difícil você estar frente a frente, é cruel, é deprimente você estar frente a frente com a pessoa que em vez de zelar pela integridade dela, eu entreguei ela para passar o final de semana com ele viva, inteira, sem um arranhão. E não foi isso que eu obtive naquela noite.”

 

Isolamento 
Ana ficou isolada em quatro dos cinco dias de julgamento no Fórum de Santana. A defesa de Alexandre e Anna Jatobá pediu autorização para que a mãe de Isabella ficasse à disposição para uma possível acareação com o casal. Para ela, isso foi uma surpresa. “Quando eu terminei de falar, o juiz pediu para eu ficar. Demorei um pouco para entender porque o advogado deles falou que eu ia dar uma entrevista coletiva, mas eu não tinha nem cabeça.”

 

 

  • Aspas

    Eu não consegui enxergá-los, mas também nem era do meu interesse olhar para a cara deles"

O quarto onde ficou de segunda a quinta-feira era pequeno, tinha uma bicama e outras duas camas. Para circular o ar, havia um ventilador, mas o quarto era muito quente. "Algumas vezes fui até a sala da enfermaria por me sentir mal, para medir a pressão.”

 

Durante os três dias de isolamento, ela contou ter lido um livro inteiro, chamado “Aline”. “Fiquei isolada, sem saber de nada. Foi o processo da morte da minha filha, que eu não pude acompanhar. Achei uma maneira cruel eu não estar lá. Fiquei muito abalada, fiquei bem mal”, afirmou. “Procurei me cuidar para poder suportar aquele momento, mas fiquei quase em uma prisão, não podia me comunicar com ninguém, não tinha minha família.”

 


Eu diria que regredi os dois anos que eu tentei progredir

 

Ao ser liberada, na noite de quinta-feira, Ana afirmou que estava muito abalada. Por isso, ela preferiu não acompanhar a decisão do júri. Segundo o promotor Francisco Cembranelli, a assistente de acusação Cristina Christo enviou a mensagem assim que a sentença foi lida, pois Ana estava ansiosa para saber a decisão.

 

Após toda a tensão dos últimos dias, Ana Carolina contou estar sendo acompanhada de perto por seu terapeuta. “Foi muito difícil essa semana toda, não era algo que eu estava esperando, ficar presa. Eu diria que regredi os dois anos que eu tentei progredir.” 

Expectativa 
Com ar bastante cansado e cercada pela família, ela contou que a expectativa dos últimos dias –parte dos quais passou isolada no Fórum de Santana– a deixou muito cansada. Por isso, ainda não pensou no futuro. “Ainda estou em uma fase de processamento. Ontem [sexta] aquele dia todo de tensão, você não tem muito tempo para analisar, a ficha está caindo. A partir de segunda tudo vai começar, vou retomar a vida de novo.” 

“A condenação foi uma resposta de que a justiça foi feita. Era o que eu esperava, era o que eu estava confiante, sabia que tinha muita gente competente trabalhando todo esse tempo.” Além da camiseta com imagem da filha, ela estava usando uma corrente com um pingente em forma de coração com uma foto dela e da filha – segundo ela, uma maneira de carregar Isabella com ela todos os dias.

Sobre os fogos de artifício soltos no fórum após a sentença, ela disse que foi uma reação esperada das pessoas. “Foi uma maneira de as pessoas externarem tudo aquilo que elas sentiram, pela injustiça, pela impunidade, por toda aquela tragédia.” 

Ela também comentou o regime de progressão que permitirá que os dois condenados saiam da cadeia antes do fim da pena: “Eu acho que existe uma falha na lei em relação a isso”.

Ana aproveitou a ocasião para ressaltar que acredita que o juiz Maurício Fossen “foi muito ético e competente” e agradeceu ao apoio recebido durante os últimos dois anos. “Deixo meu carinho, abraço e gratidão.”


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